Num dérbi intenso e emotivo da 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, o SC Braga garantiu uma vitória crucial sobre o Vitória SC por 3-2, com um golo nos instantes finais do jogo.
O internacional português Rony Lopes, que entrou aos 86 minutos, foi o herói da partida ao marcar o golo da vitória aos 90+3, num remate à meia volta que bateu o guarda-redes adversário, Bruno Varela, após uma segunda parte repleta de emoção e lances de perigo.
O dérbi começou com golos de Bruno Gaspar, para o Vitória SC, e de Bruma, para o SC Braga, na primeira parte. No entanto, foi na segunda parte que a partida atingiu níveis ainda mais intensos, com Ricardo Horta e Ricardo Mangas a marcarem para o SC Braga, enquanto o Vitória SC respondeu com golos de Jota Silva e André André.
Com esta vitória, o SC Braga subiu provisoriamente ao terceiro lugar da classificação, com 68 pontos, ultrapassando o FC Porto por dois pontos. Por outro lado, o Vitória SC, que manteve os 60 pontos, foi afastado da luta pelo quarto lugar.
O dérbi entre estas duas equipas rivais proporcionou um espetáculo emocionante para os adeptos, com momentos de grande intensidade e reviravoltas no marcador. O SC Braga mostrou determinação e garra até ao último minuto, assegurando assim um lugar no pódio da I Liga portuguesa.
Declarações de Rui Duarte, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo frente ao V. Guimarães (2-3) em jogo da penúltima jornada da Liga:
«Grade jogo, grande dérbi, emoção até ao fim. Entrámos melhores na primeira parte, em busca do que queríamos, não nos escondemos atrás de nada, viemos para ganhar com coragem. O Vitória marca contra a corrente do jogo, mas empatámos e era justo chegar ao intervalo a ganhar. Na segunda parte mudámos um pouco a dinâmica da equipa, fizemos o segundo golo com todo o mérito, acabando por sofrer na jogada a seguir. O final foi equilibrado, com o Vitória a chegar ao golo, depois vem ao de cima o que queremos. Tínhamos o objetivo de chegar ao terceiro lugar, vamos para derradeira jornada com essa possibilidade».
[Dérbi fora do banco] «É um misto de sentimentos. Por um lado conseguimos analisar melhor, estamos num sitio mais privilegiado e conseguimos perceber melhor os espaços. Por outro lado falta de estar ali perto dos jogadores, a vibrar com eles, a tentar estar ao lado deles de forma a poder ajudar. A mensagem que tinha de passar passou, vi de lá de cima a equipa a fazer o que tínhamos treinado. Estrategicamente cumprimos o plano de jogo, fomos adaptando ao jogo, o Vitória é uma equipa forte».
[João Moutinho] «Toda a gente conhece o valor, nem é preciso falar. Prefiro falar do espírito coletivo da equipa, cada vez mais sentimos a união do grupo, entre todos, focados com um compromisso incrível de lutar por aquilo a que nos propusemos. Ficou provado que coletivamente somos uma equipa forte, independentemente de jogar cinco minutos, como o Rony, que entrou cheio de vontade de marcar. O João Moutinho não sabe jogar mal, fomos uma verdadeira equipa».
Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (2-3) na receção ao Sp. Braga:
[O que tinha de ser diferente para que o desfecho fosse outro?] «O que podia ter sido diferente foi o elemento que está no VAR marcar o penálti e a expulsão, que é determinante. Aceito que o árbitro não tenha visto, mas quem está no VAR tem de ver um lance destes, quando estava 1-1».
«Foi um jogo muito bom, com três boas equipas, com duas equipas que jogaram sempre para ganhar. Olhando para as duas partes penso que o Vitória foi a melhor equipa. Entrámos bem, nunca deixámos o Braga pegar no jogo, quando estávamos a ser audazes, o Braga faz dois golos em transição. Vamos para o intervalo com um empate que era injusto. Na segunda parte, tirando os minutos iniciais, depois foi o Vitória a empurrar o Braga para trás; o Braga não conseguiu chegar em construção à nossa baliza, apenas em transição em perdas de bola nossas, tivemos de cometer erros ao arriscar. Há o lance do penálti, que tem uma interferência grande no jogo. Sofremos o segundo golo num lance em que a equipa quis marcar rápido a falta».
«Foi um jogo com muita alma, a minha equipa foi atrás, a exemplo do que foi a época. Chegámos ao 2-2, o jogo continuou frenético. Queríamos muito ganhar, estivemos agressivos no jogo posicional, queríamos chegar ao terceiro golo, o Braga é feliz ao chegar ao terceiro golo. Perdemos o objetivo de chegar ao quarto lugar, temos mais um jogo para chegar ao objetivo de fazer história neste clube».
[Último jogo em casa] «Queríamos muito ganhar, queríamos muito dedicar esta vitória a esta massa associativa diferente, apaixonada pelo clube. Os meus jogadores queriam muito, aqui, num dérbi com o rival, escrever uma página. É sempre fantástico jogar aqui, ficamos com pena de não conquistar os três pontos».
Resumo
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Vitória SC – SC Braga, 2-3.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores
1-0, Bruno Gaspar, 10 minutos.
1-1, Bruma, 24.
1-2, Ricardo Horta, 75.
2-2, Ricardo Mangas, 80.
2-3, Rony Lopes, 90+3.
Equipas
Vitória SC: Bruno Varela, Jorge Fernandes, Borevkovic, Tomás Ribeiro (Nuno Santos, 80), Bruno Gaspar, Manu Silva, André André (Kaio César, 86), Tiago Silva, Ricardo Mangas, Jota Silva e Nélson Oliveira.
(Suplentes: Charles, Miguel Maga, Alberto Costa, Mikel Villanueva, Afonso Freitas, Zé Carlos, Gonçalo Nogueira, Nuno Santos e Kaio César).
Treinador: Álvaro Pacheco.
SC Braga: Matheus, Victor Gómez, José Fonte, Niakaté, Borja, João Moutinho, Zalazar (Rony Lopes, 86), Pizzi (Cher Ndour, 65), Ricardo Horta (Vítor Carvalho, 90+5), Bruma e Abel Ruiz (Banza, 86).
(Suplentes: Tiago Sá, Joe Mendes, Serdar, Adrián Marin, Vítor Carvalho, Kauan Kelvin, Cher Ndour, Rony Lopes e Banza).
Treinador: Rui Duarte.
Árbitro: Fábio Veríssimo (Associação de Futebol de Leiria).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Charles (25), José Fonte (38), Bruno Gaspar (50), André André (69), Niakaté (83), Nuno Santos (83) e Rony Lopes (90+4).
Assistência: 25.224 espetadores.