Montenegro afirma que só governará se a coligação AD vencer as legislativas e diz que o único voto útil é na estabilidade.
O comício da Aliança Democrática (AD) marcado para esta terça-feira, no Theatro Circo, em Braga, acabou por ser transferido para a Avenida da Liberdade devido à elevada afluência de apoiantes. De acordo com o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, a mudança teve como objetivo “não deixar ninguém de fora”.
Perante uma plateia numerosa, o líder do PSD e cabeça de lista da coligação AD (PSD/CDS-PP), Luís Montenegro, reafirmou que só aceitará formar Governo se a coligação sair vitoriosa das eleições legislativas marcadas para domingo, 18 de maio.
“Achamos que só faz sentido governar se tivermos a legitimação da vontade do povo”, declarou Montenegro, acrescentando que esta posição já tinha sido assumida anteriormente, mas que considerou essencial reafirmá-la “a quatro dias das eleições”.
Voto útil e estabilidade
No seu discurso, o presidente do PSD sublinhou ainda que o “único voto verdadeiramente útil para quem quer estabilidade política” é na AD, reforçando a ideia de que a coligação representa a alternativa responsável ao atual contexto político.
“O voto na alternativa à AD é o voto da instabilidade política. É o voto de quem não acredita em Portugal. É o voto de quem, quando está no Governo, não resolve, adia, não se preocupa em criar mais riqueza, preocupa-se apenas em distribuir a riqueza que nós somos capazes de criar”, acusou Montenegro.
A coligação, composta pelo PSD e CDS-PP, tem centrado a campanha na ideia de estabilidade, responsabilidade e “governo com legitimidade popular”.