O Partido Socialista (PS) parte para as autárquicas de 12 de outubro com o desafio de substituir 47 presidentes de câmara impedidos de se recandidatar por limite de mandatos e com poucas capitais de distrito sob liderança. Apesar disso, quer manter-se como principal partido autárquico e aposta em 13 coligações e no apoio a nove movimentos independentes.

Nas eleições de 2021, então liderado por António Costa, o PS conquistou 149 câmaras municipais (uma em coligação com o Livre), 1.285 juntas de freguesia e 163 assembleias municipais. Quatro anos depois, sob a liderança de José Luís Carneiro, o partido já não governa o país e caiu para terceira força parlamentar, o que torna estas autárquicas um momento crucial.

Segundo o coordenador autárquico, André Rijo, o objetivo é que “as pessoas continuem a olhar para o PS como o principal partido autárquico português”, garantindo que o partido apresenta “os melhores projetos e protagonistas” para responder às necessidades locais.

Entre os concelhos onde os autarcas socialistas estão impedidos de recandidatura estão Sintra, Valongo, Torres Novas e Guimarães. A nível nacional, só em dois concelhos o partido ainda não fechou candidaturas.

Estratégia eleitoral

  • Listas próprias: maioria dos concelhos
  • Coligações lideradas pelo PS: 13 (Lisboa, Porto, Braga, Sintra, Coimbra, Oeiras, Felgueiras, Póvoa de Varzim, Trofa, Albufeira, Ponta Delgada, Celorico de Basto, Seixal e Fronteira)
  • Apoio a movimentos independentes: 9 concelhos (Aguiar da Beira, Pinhel, Batalha, Caldas da Rainha, Santiago do Cacém, Boticas, Armamar, Ribeira Brava e São Vicente)
  • Exceção: em Vizela, o PS decidiu não apoiar nenhum candidato, depois de ter retirado confiança ao atual presidente, Victor Hugo Salgado, por causa de um processo de alegada violência doméstica.

Capitais de distrito em foco

Atualmente, o PS governa apenas quatro capitais de distrito (Leiria, Viana do Castelo, Vila Real e Beja). Para reforçar presença, apresenta candidaturas de ex-governantes em cidades estratégicas:

  • Alexandra Leitão (Lisboa)
  • Manuel Pizarro (Porto)
  • Ana Mendes Godinho (Sintra)
  • Ana Abrunhosa (Coimbra)
  • Carlos Zorrinho (Évora)

Segundo André Rijo, esta escolha mostra o “compromisso autárquico” do PS, ao contrário de PSD e Chega, que apresentam deputados como candidatos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here