Para os dias 24 e 25 de dezembro e para 31 de dezembro e 01 de janeiro.

Os trabalhadores dos ‘call centers’ convocaram uma greve para os dias 24 e 25 de dezembro e para 31 de dezembro e 01 de janeiro, reclamando mais direitos, nomeadamente no teletrabalho, segundo um comunicado.

O aviso prévio de greve tem efeito das 00:00 “do dia 24 de dezembro até às 24:00 do dia 25 de dezembro e das 00:00 do dia 31 de dezembro até às 24:00 do dia 1 de janeiro”, estando abrangidos os trabalhadores “que prestem serviço na área dos ‘call center’ e’ contact center’, seja em funções de ‘front-office’, ‘back-office’ e afins, tal como nas áreas administrativas, IT’s [tecnologias de informação] e afins, em regime de ‘outsourcing’, prestação de serviços ou outro, em todo o território de Portugal”, lê-se no comunicado do Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC).

Estão, no entanto, “excluídos deste aviso prévio os trabalhadores que prestem serviços socialmente imprescindíveis, nomeadamente linha SNS24 e outros serviços imprescindíveis de saúde pública, apoio ao INEM, apoio a forças de segurança e linha de apoio à vida”, sendo que, por isso, “o presente pré-aviso dispensa proposta de quaisquer serviços mínimos de satisfação de necessidades sociais indispensáveis, como previsto no artigo 537º do Código de Trabalho”, referiu o STCC.

“Alguns trabalhadores permaneceram nos locais de trabalho e outros transitaram para teletrabalho”, nos últimos meses, salientou a estrutura sindical, acusando “a maior parte das empresas do setor” de continuar “a aumentar os lucros” e de se aproveitar “do teletrabalho para aumentar o patamar de exploração dos seus trabalhadores transferindo para estes os custos operacionais de eletricidade, água, Internet e em muitos casos, as próprias ferramentas de trabalho”, segundo o comunicado.

O STCC exige assim “teletrabalho com direitos”, bem como o “reconhecimento e valorização da profissão de trabalhador de ‘call center’”, que, recordou, durante a pandemia, “nunca parou”.