A AS Roma, treinada por Paulo Fonseca, eliminou o S. C. Braga da Liga Europa, ao somar nova vitória na segunda mão dos 16 avos de final, desta feita, por 3-1.
Depois do triunfo no Minho, por 2-0, a tarefa do conjunto comandado por Carlos Carvalhal já estava difícil e com o decorrer do encontro o sonho europeu transformou-se num pesadelo.
O avançado bósnio Edin Džeko voltou a fazer mossa nos guerreiros, ao apontar novamente o primeiro golo do desafio, aos 24 minutos, um tento que representou um duro golpe para os portugueses.
Aos 72 minutos, o médio Lorenzo Pellegrini falhou uma grande penalidade, mas o segundo golo da Roma chegaria pouco depois, por Carles Pérez, aniquilando qualquer réstia de esperança.
Um autogolo de Bryan Cristante, aos 88 minutos, permitiu ao Braga reduzir para 2-1, mas Mayoral fez o 3-1 aos 90+1.
Com este desfecho, a Roma segue para os oitavos de final.
Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, em declarações na Sala de imprensa após a derrota com a Roma por 3-1 na 2.ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa:
Análise: “Primeiro de tudo saímos desta competição com uma grande equipa e para mim potencial candidata a vencer a Liga Europa. Uma equipa fortíssima, com grandes jogadores, boa organização, tem como todas as equipas italianas com o seu grau de cinismo alto, aparentemente quando coisas estão calmas sai em contra-ataque e a definição é imperdoável, nós sabíamos que poderia ser assim.
Nós fomos bravos, os jogadores nunca viraram a cara à luta, tiveram uma personalidade muito grande, nunca nos desmantelámos em momento algum entre o primeiro e segundo jogo. Fomos uma equipa brava, aberta, a querer chegar ao golo, desde o primeiro minuto ao último, independentemente do resultado, lutámos até ao limite das nossas forças pelo melhor resultado possível, fizemos um golo e podíamos ter feito mais, tivemos mais oportunidades hoje. Há que dar os parabéns à Roma, é uma super-equipa, foi melhor e mereceu passar. Tenho de dar os parabéns aos meus jogadores, foram muito competentes, muito íntegros. Saímos inteiros e preparados para o que aí vem, porque o melhor está sempre para vir.”
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O treinador da Roma, Paulo Fonseca, na flash interview da SportTV+ após a vitória frente ao Sp. Braga (2-0) nos 16 avos de final da Liga Europa, que deu o apuramento aos italianos:
[Palavras de Carlos Carvalhal, que afirmou que a Roma é candidata a vencer a Liga Europa] «É difícil prever o que vai acontecer. Mas queremos avançar o mais possível nesta competição. Sabemos que qualquer equipa é difícil. O objetivo da Roma é passar a próxima eliminatória.
[Análise à eliminatória] Acabámos por vencer bem nos dois jogos, mas reconheço a coragem do Sp. Braga, é uma excelente equipa que joga um bom futebol.»
João Novais, jogador do Sp. Braga, em declarações na flash interview da Sport TV + após a derrota com a Roma por 3-1 na 2.ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa:
«Sabíamos que esta segunda mão era muito difícil, mas íamos com toda a nossa ambição para fazer um bom resultado e tentar reverter a eliminatória.
Com 2-0 era difícil e fomos para o intervalo a perder por 1-0. Mas com a mesma missão com que entrámos: reverter o resultado, era só isso que nos movia.
Na segunda parte, mais balançados com o coração do que com a cabeça, tentámos de tudo. Sabíamos que estávamos a defrontar uma grande equipa, mas nós também o somos e isso ficou demonstrado principalmente nesta 2.ª mão.»
[Resultado de 5-1 na soma das duas mãos é desnivelado?]
«Sem dúvida alguma. Acho que o Sp. Braga mostrou a sua quaidade dentro de campo e também enquanto grupo. O resultado é desnivelado, mas deveu-se sobretudo mais a esta segunda parte mais com o coração do que com a cabeça.»
[Sp. Braga tem tido sobrecarga de jogos. Esta eliminação poderá ser benéfica?]
«Não penso dessa forma. Se estamos nesta posição é porque fizemos por isso. Assumimos a responsabilidade da carga de jogos. Se tivéssemos mais, era bom sinal. Não vejo esta eliminação de forma positiva.»
André Horta: «Enquanto não mudarmos a mentalidade em Portugal será difícil cá fora»
Médio considera que equipas portuguesas têm de trabalhar muito para se bater com os maiores da Europa
Questionado sobre o facto de as equipas portugueses ultimamente não lutarem até final nas provas da Europa, André Horta olhou ao futebol nacional e deixou críticas. “Temos de trabalhar muito, passa por termos mais ritmo de jogo. No campeonato português, as equipas não querem jogar, muito jogo parado isso é recorrente e sentimos diferentes quando temos estes jogos com equipas com mais andamento. E vê-se a dificuldade quando jogamos com o Leicester e com a Roma e enquanto não mudarmos a mentalidade em Portugal será difícil cá fora”
E agora que caiu da Liga Europa, o médio olha para o que falta jogar para este Sp. Braga. “Vamos de cabeça a todas, temos agora um jogo com o Nacional para cimentarmos a nossa posição. Temos um jogo entre as duas equipas e queremos continuar a fazer um excelente campeonato. Depois vamos pensar na segunda mão da Taça de Portugal, que é um grande objetivo do clube.”