O Ministro da Defesa diz que agora o debate da reforma das Forças Armadas — rebatida por um conjunto de ex-chefes do estado-maior está a cargo do Parlamento.

O ministro da Defesa recusou esta sexta-feira comentar uma carta enviada por 28 ex-chefes militares que contesta a reforma das Forças Armadas e considerou que “o que é importante” é que as propostas serão debatidas no parlamento.

Não tenho mais comentários a fazer. Essa matéria já foi comentada por diversas vezes e o que é importante é que na terça-feira o assunto será debatido no Parlamento, que é a casa mãe da democracia”, afirmou.

João Gomes Cravinho falava aos jornalistas na Praia da Vitória, na ilha Terceira, à margem de um exercício sobre a segurança marítima no Golfo da Guiné, promovido pelo Centro do Atlântico, lançado hoje oficialmente.

Questionado também sobre uma parada militar na Madeira, em que se entoaram cânticos do Sporting, o ministro disse desconhecer o caso.

“Irei perguntar ao senhor Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas o que se terá passado, mas é um caso que não poderei comentar enquanto não tiver a informação necessária”, avançou.

Numa carta divulgada esta sexta-feira pelo Expresso e pelo Diário de Notícias, 28 ex-chefes de Estado-Maior dos três ramos, incluindo o ex-Presidente da República general Ramalho Eanes (Exército), o almirante Fuzeta da Ponte (Armada) e o general Brochado Miranda (Força Aérea), bem como seis antigos chefes do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), contestam o processo da reforma das Forças Armadas (FA) em curso e apelam a um debate alargado à sociedade civil.