O Sporting de Braga conseguiu o apuramento em todas as eliminatórias europeias que começou com triunfos caseiros, cenário que se repete pela 12.ª vez, face ao Mónaco, nos ‘oitavos’ da Liga Europa em futebol.

Nas 11 vezes que os ‘arsenalistas’ ganharam em casa o primeiro jogo, seguiram sempre em frente, e só uma vez não o conseguiram nos 90 minutos regulamentares, quando, em 2006/07, precisaram de prolongamento para superar o Chievo.

Na primeira eliminatória da Taça UEFA, com Carlos Carvalhal ao ‘leme’, os ‘arsenalistas’ venceram em casa os italianos por 2-0, com tentos de Paulo Jorge, aos seis minutos, e Wender, aos 90+2, na transformação de uma grande penalidade.

A formação bracarense foi com um 2-0 para Verona – o mesmo com que se apresentará quinta-feira no Mónaco, depois dos golos de Abel Ruiz e Vítor Oliveira – e sofreu, com os transalpinos a empatarem a eliminatória, por Titibocchi, aos 38 minutos, e Godeas, aos 68.

No prolongamento, Wender foi o ‘herói’ do apuramento dos minhotos, ao faturar aos 104 minutos, de cabeça, depois de um cruzamento do lateral esquerdo Carlos Fernandes.

O Sporting de Braga só precisou do tempo extra para superar o Chievo, já que, nas restantes 10 eliminatória que começou com triunfos caseiros, selou sempre a qualificação nos 90 minutos, sendo que só perdeu mais dois jogos na segunda mão, ambos de forma tangencial, e após vitórias expressivas.

Em 1978/79, na primeira ronda da Taça UEFA, os ‘arsenalistas’ perderam por 3-2 no reduto do Hibernians, de Malta, após um 5-0 caseiro, e, em 2010/11, na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, cederam por 2-1 em Glasgow, depois de terem batido em casa o Celtic por 3-0.

Nas restantes eliminatórias, o Sporting de Braga ‘respondeu’ com empates ou novas vitórias, sendo que a sua lista de ‘vitimas’ está recheada de equipas ilustres.

A formação minhota superou os italianos do Parma em 2006/07 (1-0 em casa e 1-0 fora) e, na histórica época 2010/11, em que conseguiu chegar à final da Liga Europa, afastou nada menos do que Sevilha (1-0 e 4-3), no ‘play-off’ de acesso à Liga dos Campeões, e Liverpool (1-0 e 0-0).

Para manter o registo de 100% de apuramentos após vitórias caseiras, o Sporting de Braga pode perder no Mónaco por um golo, sendo que, um desaire por dois, independentemente dos números, levará o jogo para prolongamento.

Curiosamente, a única eliminação que os ‘arsenalistas’ têm depois de vencerem o jogo da primeira mão aconteceu em Braga, no ‘play-off’ da Liga Europa de 2013/14, onde perderam por 2-0, depois de ter vencido no reduto do Pandurii por 1-0.

No entanto o histórico com confrontos gauleses o histórico não é favorável aos guerreiros.

O Sporting de Braga “tombou” nas duas eliminatórias das taças europeias de futebol em que defrontou equipas francesas, recorde-se no dia em que ocorre o terceiro confronto, e primeiro com o Mónaco, nos “oitavos” da Liga Europa 2021/22.

O Paris Saint-Germain (2008/09) e o Marselha (2017/18) foram os clubes gauleses que afastaram os “arsenalistas”, em duas eliminatórias que começaram em França, ao contrário da atual, que arranca em Braga, esta quinta-feira.

Apesar de se terem estreado nas taças europeias em 1966/67, os bracarenses só encontraram pela primeira uma equipa francesa mais de 40 anos depois, em 2008/09, época em que “caíram” perante o Paris Saint-Germain.

Na segunda presença nos “oitavos” da Taça UEFA, depois de 2006/07, o Sporting de Braga entrou da melhor forma na eliminatória, ao conseguir um nulo no Parques dos Príncipes, em Paris, em 12 de março de 2007.

A formação comandada por Jorge Jesus ficou bem posicionada para chegar aos “quartos”, mas, uma semana depois, em Braga, acabou por ser eliminada (0-1) com um golo perto do final, apontado por Guillaume Hoarau, aos 81 minutos.

Experiência adversas

Nove anos depois, nos 16 avos de final da Liga Europa, o Sporting de Braga, de Abel Ferreira, perdeu logo qualquer ilusão de apuramento na primeira mão, em 15 de fevereiro de 2018, ao perder em Marselha por 3-0.

Valère Germain, aos quatro e 69 minutos, e Florian Thauvin, aos 74, selaram o triunfo do “onze” de Rudi Garcia, de nada valendo aos “arsenalistas”, uma semana depois, o triunfo caseiro por 1-0, conseguido com um tento de Ricardo Horta, aos 31.

Se, na globalidade, os “arsenalistas” não têm boas recordações dos confrontos com franceses, o Mónaco tem ainda pior dos portugueses, nomeadamente do FC Porto, que, em 2003/04, lhe “roubou” a possibilidade de vencer a Liga dos Campeões.

Na única final sem equipas do “top 4” europeu (Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália) na história da “Champions” (desde 1992/93), os portistas impuseram-se por 3-0, em Gelsenkirchen, com tentos de Carlos Alberto, Deco e Alenitchev.

O Mónaco defrontou uma segunda vez o FC Porto (2017/18), e também o Sporting (1997/98) e o Benfica (2014/15), mas na fase de grupos da “Champions”, muito depois de ter afastado o Belenenses (1989/90), na única eliminatória a duas mãos com equipas lusas.

O encontro entre Mónaco e Sporting de Braga, da segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa em futebol, realiza-se na quinta-feira, no Estádio Luís II, no Mónaco, a partir das 18:45 locais (17:45 em Lisboa).