Boavista resgata empate dramático com dois penáltis nos descontos frente ao Vitória SC

Vimaranenses perdem vantagem de dois golos nos últimos minutos e Boavista empata 2-2 com golos de Reisinho.

O Boavista protagonizou uma recuperação dramática ao empatar 2-2 com o Vitória SC, após converter dois penáltis nos descontos, em partida da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol. Os vimaranenses, que venciam por 2-0 com golos de Gustavo Silva, perderam o controlo na reta final, permitindo que o médio Reisinho, ex-jogador do Vitória, empatasse o encontro ao marcar aos 90+5 e 90+15 minutos.

O Vitória SC abriu o marcador aos 34 minutos, com Gustavo Silva a aproveitar um ressalto após um cabeceamento de Mikel Villanueva. Já no início da segunda parte, o brasileiro voltou a marcar, ampliando a vantagem para 2-0, após uma jogada de Nélson Oliveira que o deixou em posição para encostar para o golo.

No entanto, a equipa de Guimarães foi perdendo gás nos últimos 30 minutos, permitindo ao Boavista crescer no jogo e criar várias oportunidades. O primeiro sinal de perigo surgiu aos 62 minutos, quando Bozeník obrigou Bruno Varela a uma defesa apertada, e Salvador Agra, na recarga, atirou por cima.

Nos minutos finais, o Boavista manteve a pressão e conseguiu dois penáltis decisivos. O primeiro, por mão na bola de Manu Silva, foi convertido por Reisinho aos 90+5 minutos. Já nos 90+15 minutos, o médio repetiu a proeza após uma falta de Zé Carlos sobre Bozeník, estabelecendo o empate final para euforia dos adeptos boavisteiros.

Com este resultado, o Vitória SC soma 14 pontos, mantendo-se provisoriamente no quinto lugar, enquanto o Boavista, com seis pontos, subiu ao 14.º lugar da tabela.

Declarações de Rui Borges, treinador do Vitória, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o empate (2-2) frente ao Boavista:

«Não tenho de dar explicações para nada, apenas a minha análise. É normal cairmos um puco na fase final, eles acabam por fazer dois golos de forma fortuita. Num canto a bola bate nos dedos no Manu quando antes tinha sofrido falta. O segundo é num lançamento, muita confusão e penálti. Culpa nossa que não finalizámos da melhor forma algumas situações, podíamos marca depois de estar 2-0, eles acreditaram até ao final, pusemo-nos a jeito, tão simples, quanto isso».

«Caímos fisicamente, é natural. Campo pesado, jogamos na quarta-feira, as substituições foram para isso, refrescar. A malta que entrou não esteve tão dinâmica quanto isso. O Boavista nos últimos quinze minutos foi bola na frente, primeiro duelo, segundo duelo, bolas paradas, um ou dois cantos. Sabíamos que era isso. Só nos podemos queixar de nós próprios, depois do 2-0 podíamos ter feito mais. Em dois lances fortuitos chegaram aos golos, se dissesse que nos empurraram, mas não. Foi bolas para o Bozeník, não conseguimos controlar. O primeiro foi bola nos dedos no Manu, o segundo ainda não vi imagens que diga que o Zé Carlos faz falta. Dois lances no ferrolho, só nos podemos queixar de nós e mais nada. O Boavista acaba por ser feliz».

[O que é preciso fazer melhor após a paragem?] «Fazer mais golos, estamos a falhar muito. Tivemos qualidade de jogo, fomos competitivos, não fugimos do jogo, fomos superiores na primeira parte, isso nem é assunto. Entrámos bem na segunda parte, podíamos ter feiro o 3-0. É manter o trabalho que tem sido feito até aqui e não por nada em causa. Estamos frustrados, faz parte, é sinal que queremos muito mais, mas é trabalhar da mesma forma e as coisas vão surgir.

Declarações de Cristiano Bacci, treinador do Boavista, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o empate (2-2) frente ao Vitória de Guimarães:

[Análise a um jogo em que o Boavista parecia morto, mas acabou por empatar?] «O Boavista nunca morre. Nunca».

[Sistema de três centrais é para manter?] «A exigência principal é encontrar onze jogadores aptos para jogar, depois entra a estratégia. Vamos ver como estamos, como joga a equipa adversária, para depois pensar nisso».

«Todos os jogos até agora foram da mesma forma. Nos jogos em que fomos derrotados, excetuando o Santa Clara, lutámos até ao final. Para nós é normal lutar até ao fim».

«A estratégia inicial não resultou. Ficámos muito passivos, o Vitória foi, sem dúvida melhor que nós, na primeira parte. Na segunda parte fomos mais agressivos, foi preciso personalidade e coragem para acreditar até ao final. A entrada do Reisinho ajudou muito, mas ajudaram todos os que entraram».

«Conseguimos explorar muito mais os flancos deles, conseguimos fazer cruzamentos perigosos, o Vitória estava a gerir o resultado, como é normal, não acredito que seja demérito deles. Nós acreditámos até ao final».

Ficha de Jogo
Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Vitória de Guimarães – Boavista, 2-2.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores
1-0, Gustavo Silva, 34 minutos.

2-0, Gustavo Silva, 49.

2-1, Reisinho, 90+5 (grande penalidade).

2-2, Reisinho, 90+15 (grande penalidade).

Equipas
– Vitória de Guimarães: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Borevkovic, Mikel Villanueva, João Miguel Mendes, Tomás Händel (Manu Silva, 87), Tiago Silva (Zé Carlos, 87), Samu (Nuno Santos, 63), Gustavo Silva (João Mendes, 71), Kaio César e Nélson Oliveira (Chucho Ramírez, 71).

(Suplentes: Charles, Alberto Costa, Tomás Ribeiro, Manu Silva, Zé Carlos, João Mendes, Nuno Santos, Telmo Arcanjo e Chucho Ramírez).

Treinador: Rui Borges.

– Boavista: César, Pedro Gomes, Rodrigo Abascal, Ibrahima Camará (Reisinho, 51), Filipe Ferreira (Tiago Machado, 90+6), Bruno Onyemaechi, Sebatián Pérez (Marco Ribeiro, 87), Vukotic, Joel Silva, Salvador Agra e Bozeník.

(Suplentes: Tomé Sousa, Gonçalo Almeida, Alexandre Marques, Augusto Dabó, Tomás Silva, Marco Ribeiro, Reisinho, João Barros e Tiago Machado).

Treinador: Cristiano Bacci.

Árbitro: Luís Godinho (Associação de Futebol de Évora).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Mikel Villanueva (06), Bruno Onyemaechi (11), César (26), Gustavo Silva (31), Joel Silva (45+7), Tomás Händel (69), Reisinho (70), Rodrigo Abascal (90+1) e Bruno Varela (90+4).

Assistência: 15.961 espetadores.

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