Líder da IL Considera Que Conteúdos Ideológicos Estão a Condicionar o Ensino da História e Aponta Necessidade de Reformar o Ensino de Cidadania

O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou esta quarta-feira, 7 de maio de 2025, em Braga, que é necessário retirar “ideologia” dos programas escolares, especialmente no que respeita ao ensino da História recente. Em declarações aos jornalistas, após uma visita à Escola Secundária Dona Maria II, onde estudou entre o 7.º e o 11.º ano, Rocha destacou que o ensino não deve ser uma ferramenta de doutrinação, mas sim um espaço para fomentar o pensamento crítico e a liberdade de opinião entre os jovens.

Rui Rocha comentou a recente postura do PSD e CDS, que defendem a remoção de “conteúdos ideológicos” da disciplina de Cidadania, uma posição que também é partilhada pelo Chega. O líder da IL afirmou que concorda plenamente com a necessidade de retirar a ideologia do currículo escolar, apontando que, em determinados momentos e conteúdos, ela tem estado presente. “A ideologia não deve estar presente nos programas educativos”, frisou Rocha.

Segundo o líder da IL, o papel da escola deve ser proporcionar aos jovens as ferramentas para pensar criticamente, para formar juízos próprios e, especialmente, para poderem criticar as questões que os envolvem. “Não estamos aqui para doutrinar os jovens, estamos para lhes criar oportunidades”, afirmou, destacando a importância de cultivar a liberdade de pensamento entre os estudantes.

Questionado sobre o atual papel da escola, Rui Rocha sugeriu que o sistema educativo ainda pode evoluir nesse sentido. “Acho que pode cumprir mais”, afirmou, referindo-se ao potencial da escola para formar cidadãos críticos, que saibam questionar e analisar os conteúdos de maneira independente.

Além disso, o líder da IL defendeu a necessidade de adaptar os programas educativos às novas exigências do mundo moderno, propondo um maior foco em áreas como literacia financeira e literacia digital. Rocha destacou que, com a ascensão da inteligência artificial e a digitalização crescente da sociedade, os jovens precisam de estar preparados para o futuro. “Os tempos que aí vêm são da inteligência artificial da digitalização”, apontou, sublinhando a importância de fornecer aos estudantes ferramentas para lidar com as novas realidades tecnológicas.

Em relação à história, Rui Rocha alertou para a necessidade de apresentar os factos de forma imparcial e sem viés ideológico. Segundo ele, o ensino da História, especialmente da História recente de Portugal, muitas vezes reflete uma visão política condicionada, o que pode limitar o desenvolvimento do sentido crítico dos alunos. “Os factos históricos devem ser factos históricos relatados com a isenção possível”, afirmou, reforçando que os alunos devem ser encorajados a formar uma visão crítica a partir da análise dos factos apresentados.

Para Rui Rocha, a prioridade deve ser garantir que o sistema educativo português seja capaz de preparar os jovens para os desafios do futuro, sem ser uma ferramenta de ideologia ou doutrinação, mas sim um espaço de aprendizagem, reflexão e liberdade.

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