Organização aposta em acessos reforçados, mais comodidades e nomes sonantes para atrair um público “distinto e especial”
Está prestes a arrancar mais uma edição do Festival Vilar de Mouros, o mais antigo festival de música em Portugal, que este ano celebra seis décadas de história. Entre quarta-feira e sábado, o concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, volta a ser palco de grandes concertos e memórias inesquecíveis, com um cartaz cuidadosamente preparado para agradar a um público fiel e exigente.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da organização, Paulo Ventura, mostrou-se confiante numa “boa afluência” ao evento, embora tenha preferido não avançar números: “É melhor esperar pelo final de cada dia”, disse, acrescentando que a venda de bilhetes está a decorrer “muito bem”.
Segundo Ventura, o festival tem vindo a melhorar de ano para ano, com várias novidades nesta edição:
- Acessos mais amplos para entrada no recinto
- Mais parques de estacionamento
- Área de campismo alargada
- Expansão da zona de restauração
- Reforço das zonas de sanitários
“O público que nos visita é social, vem à procura de música, de bem-estar, de história e de histórias que quer reviver. É um público distinto e especial, e temos muito orgulho nisso. Daí a nossa responsabilidade em fazer sempre melhor”, sublinhou o porta-voz.
Cartaz de peso para os 60 anos
A edição de 2025 promete ser memorável, com um alinhamento que cruza lendas do rock com novas apostas da música alternativa. Eis os destaques por dia:
📅 Dia | 🎤 Artistas em destaque |
---|---|
Quarta-feira | The Kooks, James, The Stranglers, Starsailor, Altered Images, Dubaquito |
Quinta-feira | Sex Pistols (com Frank Carter), The Damned, Palaye Royale, The Godfathers, Girlband! |
Sexta-feira | Papa Roach, Refused, Triggerfinger, Hybrid Theory (tributo a Linkin Park), Girl Scout |
Sábado | Da Weasel, I Prevail, The Ting Tings, Stereo MC’s, Cavaliers of Fun |
Uma história com raízes profundas
Criado em 1965 pelo médico António Barge, o Festival Vilar de Mouros começou como um evento de divulgação da música popular do Alto Minho e da Galiza. A edição de 1971, que contou com nomes como Elton John e Manfred Mann, marcou o início da sua fama como o “Woodstock à portuguesa”.
Hoje, seis décadas depois, o festival continua a reinventar-se, mantendo viva a sua essência e o seu legado. Com um cartaz diversificado, melhorias logísticas e uma ligação emocional ao público, Vilar de Mouros promete mais uma edição inesquecível.
