No 11º Eros, que abriu portas na quinta-feira, na Exponor, em Matosinhos, e terminou na noite de ontem, os visitantes esgotaram por completo as diferentes aulas de sexo, assim como as palestras dedicadas à melhoria dos relacionamentos.

Nesta edição, que ultrapassou os 25 mil visitantes, foram ainda alcançados outros recordes. Continua a registar-se uma crescente adesão não só de casais, como também de mulheres que, sozinhas ou em grupo, procuram espetáculos pouco comuns e informação sobre diferentes vertentes da sexualidade. Segundo explica Juli Simón, diretor do Eros Porto, “para além da participação de pessoas de todo o país, inclusive das regiões centro e sul, é surpreendente recebermos cada vez mais visitantes estrangeiros, de toda a Europa, mas também da América do Sul e de África”.

O interesse pelo único evento do género em Portugal tem aumentado ao longo dos anos e há quem já não queira ficar-se apenas por uma visita ao longo dos vários dias. “Este ano verificamos um aumento da procura por passes de quatro dias, sinal de que ninguém quer perder nada do que acontece no nosso evento, mas também da fidelização do visitante do Eros Porto”, sublinha Juli Simón. Esta edição fica ainda marcada pelo tema da transexualidade e a participação do Centro Gis como convidado de honra. “Estamos muito satisfeitos porque cumprimos o nosso papel social, o de sensibilizar o público para questões ainda fraturantes na sociedade.

Quisemos contribuir para o combate ao preconceito e para um maior respeito e compreensão da situação das pessoas trans”, refere o diretor do evento. O Salão Erótico do Porto 2018 contou com um número recorde de espetáculos (mais de 1200), de artistas (mais de 140), provenientes de vários países da Europa e da América do Sul – e de expositores, entre lojas de artigos e vestuário, produtoras e restauração, entre outros, ao longo de dois pavilhões da Exponor.