Os sindicatos de professores decidiram hoje manter a greve com início marcado para esta terça-feira, depois de permanecer inalterado o desacordo com o Governo sobre o tempo de serviço dos professores que deve ser descongelado.

O Governo voltou a apresentar hoje aos sindicatos a mesma proposta que já tinha divulgado numa reunião negocial anterior, que apenas admite o descongelamento de dois anos e 10 meses de tempo de serviço aos docentes, que não desistem, por seu lado, de ver contabilizados os nove anos, quatro meses e dois dias congelados.

Os líderes das duas federações sindicais da educação saíram da reunião de hoje a insistir que a proposta da tutela “é inaceitável” e que justifica a greve entre os dias 13 e 16 de março.

“Amanhã [terça-feira] há greve e diria que, quando iniciámos esta reunião entendíamos que era necessário uma grande greve dos professores para que o Governo percebesse que não pode apagar o tempo de serviço aos professores, quando saímos desta reunião, saímos com a certeza que não terá que ser uma grande greve, vai ter que ser uma extraordinária greve”, disse aos jornalistas o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof)Mário Nogueira, no final do encontro de hoje.