O urologista Carlos Guimarães ensina.

O autoexame do testículo é bastante útil para identificar mudanças que contribuem para o diagnóstico precoce de eventuais doenças e, como tal, para o sucesso do tratamento. O exame deve ser feito uma vez por mês, a partir da adolescência, em posição ortostática, ou seja, em pé, durante ou depois de um duche quente, para o escroto estar mais relaxado e os testículos mais descidos. 

A palpação testicular é feita individualmente, ou seja, para o testículo esquerdo e direito. Comece por examinar cada testículo com as duas mãos. Depois, segure o testículo entre os dedos indicador, médio e anelar (juntos) e o polegar de cada mão. Por fim, role o testículo e o epidídimo que lhe está aderente entre os dedos. 

“Qualquer irregularidade, nódulo ou endurecimento deve ser considerado anormal”, explica o urologista Carlos Guimarães, num artigo publicado no portal do Hospital da Luz. No entanto, “nem todas as alterações identificadas no autoexame significam doença”.

E o que é normal? O médico explica:

  • A palpação não provoque dor;
  • A superfície do testículo seja regular e a sua consistência firme, semelhante à de um ovo cozido;
  • Um testículo seja ligeiramente maior e/ou esteja mais descido do que o outro;
  • Os testículos estejam mais descidos quando a temperatura é mais alta e mais junto ao corpo quando está frio, faz parte do mecanismo de regulação da temperatura que protege a produção e sobrevivência dos espermatozoides;
  • Sentir o epidídimo na palpação, pois este que percorre toda a altura de cada testículo posteriormente;
  • Sentir outras estruturas que são normais, com a prática passará a reconhecê-las melhor.