Nuno Pardal, deputado municipal do Chega, foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores e decidiu renunciar ao mandato para preservar a imagem do partido e defender-se
Nuno Pardal, deputado municipal do Chega na Assembleia Municipal de Lisboa e vice-presidente da Distrital de Lisboa do partido, confirmou à agência Lusa que foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados, conforme noticiado pelo jornal Expresso.
Em declarações, Pardal afirmou que irá renunciar ao mandato autárquico para preservar a imagem do partido e poder concentrar-se na sua defesa, alegando inocência. O deputado afirmou que os factos mais graves descritos na acusação não correspondem à verdade.
O eleito do Chega já contactou o líder do grupo municipal do partido, Bruno Mascarenhas, e a direção nacional do Chega, presidida por André Ventura, informando-os da sua decisão.
A acusação do Ministério Público refere-se a dois crimes de prostituição de menores cometidos contra um rapaz de 15 anos, que Pardal conheceu através da aplicação Grindr. Segundo o procurador Manuel dos Santos, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Cascais, o arguido terá praticado sexo oral com o menor e enviado posteriormente um código via MbWay para que o adolescente levantasse 20 euros.
O caso foi denunciado à Polícia Judiciária pelos pais do menor, após terem tido acesso às mensagens do WhatsApp no telemóvel do filho.