Líder do Chega saúda autoridades pelo desmantelamento de milícia de extrema-direita e reafirma compromisso com a democracia.

Durante declarações prestadas esta terça-feira no Parlamento, à margem do debate sobre o Programa do Governo, André Ventura, presidente do Chega, afirmou que a transformação de Portugal deve fazer-se pelos votos e pela via democrática, repudiando qualquer forma de violência.

“Nós temos que transformar o país pelos votos, pela democracia, por convencer as pessoas com o nosso trabalho, com o trabalho da comunicação social, dos movimentos, dos deputados. Não podemos transformar a democracia com qualquer tipo de violência”, declarou o líder partidário.

As declarações surgem no seguimento da operação das autoridades que desmantelou uma milícia armada de extrema-direita, o Movimento Armilar Lusitano, resultando na apreensão de armas militares, explosivos e centenas de munições, e na detenção de seis indivíduos.

Ventura disse não conhecer o movimento e felicitou “as autoridades pelo trabalho desenvolvido”. Sublinhou ainda que o Chega é “o partido que mais tem pedido meios para as polícias, para a Polícia Judiciária, PSP, GNR e Ministério Público”, reforçando que toda a violência deve ser condenada, “seja de esquerda, de direita ou de qualquer origem”.

Em resposta a declarações do primeiro-ministro, que manifestou receio de um eventual desejo de regresso a regimes ditatoriais, Ventura considerou a acusação “triste” e “de má-fé”, frisando: “O Chega nasceu em democracia e é nessa base que alcançou a sua posição como segundo partido mais votado”.

O líder do Chega defendeu uma “nova república” baseada em mais liberdade, mais segurança, maior responsabilidade e justiça eficaz. E concluiu: “Na nossa visão, não há violência boa ou má — toda a violência é condenável. Liberdade não é libertinagem”.

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