A conferência conta este sábado com a ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas. O máximo de incidência de Covid-19 terá sido “entre 23 e 25 de março” e a taxa média de contágio baixou para 0,91.

A mais recente boletim da DGS dá conta de uma subida para 687 do número total de vítimas mortais da Covid-19, num aumento de 30 vítimas mortais. São ainda 19.685 o número de infeções confirmadas. A conferência de imprensa sobre a evolução do surto de Covid-19 conta este sábado com a Ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“Com a introdução das medidas de contenção verificou-se, nos últimos cinco dias, uma redução do risco de transmissibilidade, que se encontra em 0,91, ou seja, cada caso confirmado gerou em média menos de um caso de transmissão”, começou por explicar a ministra da Saúde, referindo ainda que “os dados permitem estimar que o máximo da incidência tenha ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março. São números que nos encorajam mas são também resultados que nos responsabilizam”

Segundo Marta Temido, “é importante perceber que erradicar a Covid-19 não parece possível no curto e médio prazo. Com o esforço de todos está a ser possível trazer o número de novos casos para níveis a que o sistema de saúde tem conseguido responder, mas os riscos de recrudescimento da doença mantém-se e temos de estar preparados para alterar períodos de maior contenção de movimentos com períodos de maior alívio”. “Até ao final de abril continuam a esperar-nos dias muito exigentes e as regras mantêm-se”, asseverou.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, por seu lado, revelou que a maioria das mortes por Covid-19 acontece em hospitais, ocorrendo as outras em lares ou no domicílio e que em termos de mortalidade não está a ser contada “a causa básica morte, mas o evento terminal. Portanto, o número de mortes corresponde ao número de infetados à data da morte”, explicou, acrescentando que “o óbito mais novo ocorreu numa pessoa com 40 anos e o óbito mais velho numa pessoa com 103 anos”. Quanto à média de idades dos mortos por Covid, “no país inteiro” é de 81,4 anos, sendo “superior na região Centro, onde é de 83,5 anos”, afirmou.

“A questão das câmaras frigoríficas tem sido uma cooperação muito boa com o Ministério da Justiça, para retirar corpos das enfermarias e manter a dignidade na morte, o respeito pelo falecido e pela família. Há aqui muitas coisas que terão de mudar se o número de óbitos mudar, mas neste momento esse número está estável”, acrescentou Graça Freitas.

Marta Temido referiu que relativamente ao acesso a máscaras “é natural que em alguns espaços o acesso possa ser disponibilizado, seja numa entidade privada ou pública”, mas “estamos a falar de equipamentos que se o mercado funcionar com regularidade qualquer um de nós poderá adquirir”.

Sobre o adiamento da vida social, as “preocupações prendem-se com a necessidade de equilíbrio e com a retoma gradual da vida em conjunto”, mas, garantiu, “até encontrarmos uma vacina ou uma cura, nada será como antes”.