Primeiro espetáculo acontece domingo, 1 de maio, no Auditório Sebastião Alba, na Escola Alberto Sampaio

“Palcos Irrequietos” é a nova proposta cultural de Braga para a infância, juventude e famílias, que promete ‘agitar’ os dias na cidade. Entre maio e dezembro, sete improváveis espaços como auditórios, jardins e museus serão palco deste projeto artístico, único e ousado promovido pelo município e levado a cabo pela Fértil – Associação Cultural.

A infância e a juventude são habitualmente fases de muita irrequietação. É nesta energia, nesta capacidade de inventar e de criar, nesta imaginação fértil que se inspira os “Palcos Irrequietos”, oferecendo espetáculos de elevada qualidade nas áreas do teatro, música, cinema, dança e novo circo, proporcionando momentos artísticos de lazer para toda a família.

O primeiro espetáculo acontece já no próximo dia 1 de maio, no Auditório Sebastião Alba da Escola Secundária Alberto Sampaio, pelas 11h00, com o teatro de marionetas para crianças “PLIP”, falado na língua imaginária do planeta Plip apresentado pela Red Cloud, Teatro de Marionetas. Trata-se de uma viagem a um mundo sensível de sons delicados e personagens imaginárias que, como as crianças, experienciam o dia-a-dia de maneira sempre diferente.

Em junho, o palco irrequieto migra para o Jardim do Museu dos Biscainhos, onde é apresentado o espetáculo de circo, dança, música e teatro, “Estórias de Tiroleu e da Nau Catrineta” da Companhia Coração nas Mãos, que conta a intrépida aventura do Capitão Tiroléu e sua amada Marieta. Como a Nau Catrineta afundou e o amor entre os dois triunfou.

Em julho, é o Jardim de Santa Bárbara que acolhe o “INsono – Jardim Sonoro: o ouvido secreto das plantas”, para todos os públicos. INsono: O ouvido secreto das plantas é uma instalação sonora e um percurso onde se descobrem nos jardins botânico, os sons envolventes e os sons de que o silêncio é feito. É apresentada pela companhia Sonoscopia.

Os espetáculos regressam em setembro, com “Una, Duna” de Ana Sofia Paiva e Marco Oliveira, no Mosteiro de Tibães. Contos que cantam, cantigas que contam e se podem contar – trava-línguas, lengalengas, impropérios, malucadas. Palavras que dão graça, que dão colo, que são a música, o alento e que trazem lá dentro, quem sabe, os mistérios do mundo.

Em outubro, é o Teatro da Escola Sá de Miranda que acolhe as oficinas de Cinema de Animação com Abi Feijó & Sessão de Curtas Metragens.  Trata-se de uma mini-oficina de cinema de animação, com demonstração das técnicas do Cinema de Animação e exibição de “Os Salteadores”, “Fado Lusitano” e “Clandestino” de Abi Feijó e “A Noite”, “História Trágica com Final Feliz”, “Kali O Pequeno Vampiro”, “Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias” de Regina Pessoa.

Os Palcos Irrequietos instalam-se em novembro, no Auditório do Centro de Juventude, onde será apresentado o espetáculo “A Caminhada dos Elefantes” da Formiga Atómica, que conta a história de um homem e de uma manada de elefantes. Quando o homem morre, os elefantes fazem uma caminhada misteriosa a sua casa, para lhe prestar uma última homenagem: não era um homem qualquer, era um deles. “A Caminhada dos Elefantes” é sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém.

Cabe à Fértil Cultural encerrar com chave de ouro o festival com a peça “O Cordão”, em dezembro. Um cordão mágico que é flexível, enrodilha-se e é muito grande, mas não se quebra nem se desfaz. Um cordão que vai descobrindo histórias, pessoas, ligações com um passado desconhecido, uma viagem à infância e ao nascimento. É o cordão da vida, o cordão que conta a história e que acumula histórias de outras vidas, de relações. Este cordão não tem um fim propriamente dito, porque é cíclico – tal como a vida, tal como a terra à volta do sol.

A programação completa do Festival Palcos Irrequietos está disponível em https://bit.ly/3vQPUGu